Adeus, Mariposa

Faz frio e a noite é escura
Sento-me sozinho, desisti da procura
Inconformado, mas cansado
O fogo que ardia, foi de vez apagado

Dizes que era e que já não sou
Penso nas noites em que ia e nas que já não vou
Tento dizer-te o que tenho e explicar porque não dei
Explico-te que não sabia, mas que agora sei

Já não queres saber de mim, já não me queres ouvir
No tempo em que não te dei atenção, reaprendeste a sorrir
És de novo mariposa, mas em outro jardim
E pensar que fechei os olhos quando voavas assim... para mim

Sento-me no escuro, persiste a memória
O que antes era vida não passa agora de uma história
Vou erguer-me, já está na altura
Já passei demasiado frio e a noite aqui continua escura.



Fernando Fernandes

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