Saudades??



Antes de mais, caros leitores, as minhas mais sinceras desculpas pela minha tão longa e inesperada ausência, nesta tão nobre plataforma, que nos tem vindo a unir de forma tão terna. Prometo que me vou esforçar para que isto volte a acontecer, pois será sinal de que terei atividades de maior interesse para fazer do que, simplesmente, "bitaitar".

Entretanto e felizmente, a Terra não parou de brilhar e o sol não parou de girar, o que, só por si, já seria motivo mais do que suficiente para darmos um pulo de entusiasmo. Contudo, há mais, significativamente mais. Fazendo uma análise do que  se passou na minha ausência, percorrendo a linha temporal pela ordem inversa, lanço aqui a questão. Quem terá mais sentido de humor: Trump a responder a Kim metaforizando o seu botão, Kim a (re)responder a Trump (re)metaforizando o botão deste, ou nós metaforizando ameaças nucleares que podem pôr em risco a existência da espécie humana?? 

Quanto a vocês, não sei, mas eu veria com bons olhos as duas primeiras opções. E veria ainda com melhores olhos se eles resolvessem a discussão numa batalha de hóquei de mesa, revezando os botões de ambos. (Visualizem) 

Isto foi o início de 2018 (dois mil e dezoito). No entanto, e porque a minha ausência foi realmente longa, invoquemos 2017 (dois mil e dezassete) para falar do assunto que colou 10000000 (dez milhões) de portugueses lacrimejantes e palpitantes em frente dos televisores deste país, A Hérnia. TAN TAN TAANNNN. Essa temível criatura, desconhecida da maior parte da população portuguesa, entrou pelo nosso país sem pedir licença e atacou o membro mais alto do nosso estado sem que ninguém a impedisse!! 

Não fosse o Super Doutor Eduardo Barroso e as Hérnias teriam conquistado o nosso país, fazendo do nosso presidente seu refém e da nossa república uma enorme infeção. Posto isto, além de uma estátua que será, no meu entender, a homenagem mínima a ser feita ao Super Doutor, proponho que Eduardo Barroso passe a constar nos livros da História de Portugal e, se possível, na página imediatamente anterior à da padeira de Aljubarrota (entenda-se a ordem decrescente de relevância) com o cognome de "Padrinho da República", pois na ausência do nosso presidente (sempre ternurento como um pai) foi quem agarrou, enfrentou, derrotou e expulsou do nosso país A Hérnia.

Bem, secalhar entusiasmei-me um pouco no relato desta história... Mas não entusiasmámos todos??

Recuando uma última vez, é Natal, tempo de harmonia, paz, amor, tempo de dar, tempo de porco. Mais propriamente, pernil de porco. Pois é, parece que na Venezuela o bacalhau tem quatro patas e é português. Tradições à parte, o presidente da Venezuela acusa Portugal de ter sabotado a encomenda de pernil que ele nos fez. Como é que lhe hei de dizer isto, Sr. Maduro... Talvez o tenhamos mesmo sabotado, mas já foi há algum tempo e vocês até que consentiram... Sabe que o Magalhães, aquele computador que nós vos vendemos por tuta e meia e que agradou bastante ao seu antecessor essencialmente por ser barato, que por sua vez também é dado a crianças até aos 10 anos cujo principal objetivo é jogar SuperTux (aquele do pinguim, você sabe...), não serve propriamente para estabelecer relações de comércio intercontinental... É possível que aqueça... É possível que queime... É possível que não funcione...

Mas como o prazo de devoluções já prescreveu, "por qué no te callas" (antes que vão investigar estas nossas ligações passadas e descubram mais uma acusação para imputar ao nosso querido ex primeiro ministro)??

Terminada a minha viagem e já de volta a 2018 (dois mil e dezoito), porque não sabotámos ninguém (agora), abolimos a hérnia (pelo menos a do nosso presidente) e (ainda) existimos, pulemos entusiasmadamente!!



Um abraço saltitante,
Luís Queiroz

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